Ansiedade na infância e adolescência



Olá, boa tarde!!! O tema deste post é ansiedade na infância e adolescência. Neste post mais especificamente  a ansiedade de separação que é bastante frequente. 

Os transtornos de ansiedade tem crescido e estão presentes em todas as faixas etárias.  Em crianças e adolescentes, a ansiedade se mostra como uma das maiores queixas. 

O estudo da ansiedade em crianças ganhou força no inicio século XX quando Freud em 1909 publicou o caso do pequeno Hans e depois em 1940 quando muitas crianças ficaram órfãs devido a segunda guerra mundial. 
Os transtornos de ansiedade mais frequentes em crianças e adolescente são: ansiedade de separação, ansiedade generalizada e ansiedade ou fobia social.

Ansiedade de separação

Quando a criança é pequena (até a idade pré escolar), é normal apresentar insegurança ou medo de ficar longe dos pais, porém, quando este medo é muito intenso ou prolongado já é preocupante. Crianças e adolescentes que sofrem deste tipo de ansiedade têm um medo irreal de que algo ruim aconteçe a eles e/ou a seus pais quando estão longe.  Os principais sintomas são:
  • Sofrimento excessivo e frequente quando há um afastamento dos pais ou responsáveis;
  • Não querer ir á escola ou á qualquer outro lugar sozinho;
  • Não querer ficar sozinho;
  • Preocupação excessiva e persistente com perigos relacionados aos pais ou a si próprio: por ex. medo de assalto ou sequestro;
  • Temor excessivo de ficar em casa sozinho quando já se tem idade adequada para isso;
  • Dificuldade para adormecer sem os pais ou responsáveis;
  • Pesadelos de separação.
Nestes casos, é comum a necessidade de comunicação frequente quando estão longe. Quando estão longe dos pais, precisam ligar ou mandar mensagens para saber onde estão e como estão. Muitos adolescentes e crianças se queixam de  sentir muita saudade o que pode gerar sintomas físicos como: dores de cabeça, de estômago ou náuseas.

A ansiedade de separação pode ocorrer em qualquer idade até os 18 anos, porém é mais frequente na faixa dos 7 aos 9 anos. Entre os 5 e 8 anos são mais frequentes os sintomas de pensamentos trágicos e entre os 9 e 12 acessos de raiva, falta de concentração e apatia são mais frequentes. Em adolescentes  são mais comuns a recusa escolar e sintomas físicos. 
Na minha experiência clínica noto que a ansiedade de separação  tem crescido, isso acontece, a meu ver,  devido, principalmente,  a  autoestima deficitária e por super-proteção dos pais ou até mesmo depois de um trauma.

É  comum que os pais também sintam muito medo e ansiedade quando se separam dos filhos. Sentem medo do que possa acontecer com seus filhos, culpados por estar longe e se responsabilizam se algo ocorre mesmo estando longe e tomando os devidos cuidados. Isso pode gerar uma insegurança nos filhos no sentido de não se sentirem capazes de se virar ou culpados por  se sentir bem mesmo distante.

O transtorno de ansiedade de separação pode trazer muitas consequências nocivas para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Pode favorecer ao desenvolvimento de  outros transtornos de ansiedade como ansiedade generalizada e fobias. Além disso, há uma perda nas relações sociais, possíveis dificuldades escolares e dependência emocional grave. Por isso a importância de acompanhamento psicológico.


Tratamento 

O tratamento pode se feito com psicólogos e, em poucos casos há a necessidade de acompanhamento psiquiátrico com medicação. O tempo de tratamento é individual e bastante variável.

Dicas


Em casos de crianças que tem dificuldade de ir á escola é indicado que os pais deixem dentro da mochila uma desenho seu, ou um objeto. Assim a criança vai sentir de algum modo a presença de seus pais. Além disso, vale sempre explicar que vão voltar a se ver em breve. 

Em adolescentes é importante favorecer ao máximo a autonomia deles deixando ir a alguns lugares sozinhos, por exemplo, ao invés de sempre buscar e levar. Sempre lembrando que são capazes. 


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