Como dar limites para os Filhos


Qual a importância dos limites no desenvolvimento das crianças?
Colocar limites não é nada fácil, dá trabalho. A correria do dia a dia gera culpa nos pais, pois sentem que  faltam na atenção e tentam compensar deixando seus filhos fazerem o que quiserem, mas isso só os faz sentir abandonadas, os tornam crianças chatas e, futuramente, adultos imaturos emocionalmente.
Bom,  sabemos desde sempre que dar limites as crianças e adolescentes é importante, mas porque?
  1. Contribui para autoestima: a colocação de limites faz com que as crianças tenham de lidar com seus sentimentos ruins como raiva e frustração. Ao sentir-se capaz de lidar com estes sentimentos sente-se mais forte e entende que nem sempre podemos ter o que queremos, mas que somos capazes de suportar o que não é bom também; e quando os pais são capazes de suportar uma nossa sem agressões e sem voltar atrás, sentem-se amadas. 
  2. Maturidade emocional: a criança aprende a lidar com as frustrações com menos dor e cresce mais resiliente e capaz de controlar seus impulsos, diminuindo o risco de desenvolver depressão, por exemplo
  3. Melhor Convivência Social: a criança aprende que não existe somente o desejo dela e consegue  brincar com outras crianças com mais facilidade. Consegue ceder mais nas brincadeiras,  respeitar as outras crianças tornando-se uma companhia agradável o que será levado para as suas relações da vida adulta. 
  4. Gera segurança: crianças e adolescentes sem limites, sentem-se desprotegidos, pois os limites são uma demostração de preocupação e cuidado, indicam até onde podem ir com segurança. 
Em resumo, os limites são muito importantes para o bom desenvolvimento das crianças, pois ensinam o respeito pelos outros e por si mesmos, controle de impulsos e as tornam mais fortes para a vida. Já que quando adultos, nem sempre vão conseguir o que querem. Seja aquele emprego tão desejado, ou aquela pessoa amada e terão de seguir regras no trabalho ou em outras relações.

Como colocar limites?

Dimensão Cognitiva : Envolvimento com a Vida Escolar
  1. Horário para estudar 
  2. Incentivar a fazer leituras 
  3. Limite de acesso a computador, celular e tv 

Dimensão Física 
  1. Alimentação: horário certo para comer e controle do que comer 
  2. Sono: horário certo para dormir
  3. Higiene pessoal 
  4. Atividade Física 
Dimensão Afetiva 
  1. Estimular a criança a fazer o que ela já é capaz de fazer, nunca fazer pro ela
  2. Criar espaço de sociabilização com os outros 
  3. Monitorar as companhias 

DICAS 


A imposição de limites costuma ser mais difícil   na primeira infância até os 4 ou 5 anos, isso porque neste período as crianças são bastante egocêntricas. Por isso, as birras são frequentes e é preciso ter um pouco mais de paciência para suportar o choro e não voltar atrás. Aqui ainda não é possível fazer negociações. É importante explicar o porquê do não, mas sem muita discussão.Pode -se dizer: Porque eu quero, por exemplo para situações como hora do banho.  NÃO É NÃO. 
A partir dos 5 ou 6 anos é possível fazer negociações e a criança já consegue fazer escolhas, mas desde que os pais lhe deem opções.  Por exemplo:  dar duas opções de roupa para escolher.É importante ajudar a criança a entender que tudo o que fazemos tem consequências. Então se ela(e) não fizer a lição: não vai brincar hoje, e se fizer vai ser bom, pois vai poder brincar ou jogar no celular, além de receber elogio dos pais e da professora. 
A partir do 12 ou 13 anos já se incia a adolescência e neste período a imposição de limites fica
mais  difícil devido ao momento de maior impulsividade e necessidade de se afirmar,  mas ainda é importante os pais acompanharem de perto as companhias, a vida escolar e os lugares  que frequentam.  
É muito importante que os pais não voltem atras depois do não e por isso não se deve fazer ameaças que não serão cumpridas. Além disso, os pais não devem se desautorizar e  sim conversarem entre si sobre suas atitudes. 
Agressões físicas e verbais não são limites, são humilhações que poderão acabar com autoestima da criança, além de ensiná-la a agir como tal. A criança deve entender que determinados comportamentos são ruins e não ela em si. As crianças são esponjas e tendem a repetir o comportamento dos pais. 


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